My Mad Fat Diary.

Espero que eu consiga apaixonar vocês ao menos metade do quanto eu estou apaixonada por essa série.
Aviso¹: fuja se estiver com tempo justo, provavelmente você não sossegará enquanto terminá-la.
Aviso²: Por motivos óbvios farei uma resenha/indicação somente com os fatos superficiais da primeira temporada. Nada de spoilers para não perder a emoção.
Isso tudo ao som de Oasis, por favor. Preferencialmente Champagne Supernova.

My Mad Fat Diary é uma série inglesa, do canal E4, baseada no diário de uma garota de 16 anos no auge de 1996 chamada Rae Earl (interpretada pela incrível Sharon Rooney). Como uma fiel adolescente, ela quer se sentir inclusa em um grupo, tem uma mãe sem papas na língua e, em proporções gigantescas, não está satisfeita completamente com seu corpo.

A série se inicia com a saída de Rae, uma garota com o tamanho acima da "média", do hospital psiquiátrico logo depois de ter tentado se matar. A ideia de criar um diário surge aí, é como uma terapia a distância. Não se assuste, Curioso. Talvez você estivesse esperando uma série totalmente diferente para assistir, daquelas cheias de intrigas e XOXO's, mas não nessa aqui. Prestes a estrear a terceira temporada, My Mad Fat Diary, decidiu quebrar todos os limites e abordar assuntos delicados de uma forma tão magnífica como chocolate e morango.

É tremendamente gostoso acompanhar o quanto a vida dá um empurrão na Rae para se meter no mundo lá fora. É bonito ver o quanto ela se esforça para se manter em pé, alinhar a postura, tomar fôlego para a primeira passada e... Levar um tombo. Um após o outro. Você torce, chora, sorri e fica com as bochechas vermelhas por ela. 

Direita para esquerda: Chloe, Archie, Izzy, Finn e o subterrado Chop.

Rae não se sente confortável na própria pele e é obrigada a sair todos os dias de casa enfrentando isso. É ao acaso que ela encontra uma velha amiga de infância,  Chloe Gemell (Jodie Comer), por vezes uma merecedora do título "bitch's queen". E com ela, vem um verdadeiro pacote chamado "The Gang" junto. Archie (Dan Cohen) <3, Izzy (Ciara Baxendale), Chopp (Jordan Murphy), Finn (Nico Mirallegro) e a própria Chloe tornam o tempo menos doloroso e solitário. Choquem-se: existem pessoas que estão dispostas a serem suas amigas independentes das suas cicatrizes e vão bagunçar seu mundo, deixá-la de cabeça pra baixo e então inverter ao averso. 

Aos poucos ela vai descobrindo um não-tão-amigo-assim e talvez, somente talvez, Rae esteja disposta a compartilhar todo o seu medo e frustração com mais alguém.  Assuntos como a ,
homossexualidade, relação familiar e o período de transição para a vida adulta é claramente visto na série.  Você cairá de amores também por personagens como a Tix (Sophie Wright), amiga da Rae no hospital psiquiátrico, e adorará marcar uma consulta com o terapeuta dela Kester (Ian Hart).

Apesar de muitos atores serem ainda jovens, a atuação é realmente boa (sotaque inglês <3), o roteiro é maravilhoso e ainda há alguns efeitos na série que deixam as cenas mais hilárias, sem falar da fantástica trilha sonora que vocês podem conferir aqui.

Um fato realmente curioso (coincidências, leitores)  é que esse diário é verídico e a Rae Earl realmente existe.  Infelizmente, não há nenhum canal brasileiro que transmita My Mad Fat Diary, mass ela é facilmente achada na internet, tanto a primeira quanto a segunda temporada legendadas (obrigada anjos que legendam séries). Foi divulgada recentemente que a terceira temporada só terá 3 episódios e será a última, porém ainda não há data.