quinta-feira, 30 de julho de 2015

As Batidas Perdidas do Coração.

Caros Curiosos,
Precisamos de um TOP 3 observações-importantes antes de começar a resenha desse livro:
1) SINAL DE XIMBALEIÊ AÍ: A autora é brasileira. Essa sensação peculiar ao notar que os brasileiros estão abrindo caminho em um espaço predominante de autores internacionais é <3
2) Essa capa que parece um poster de banda (nhac).
3) Preparem-se para perder algumas batidas aqui e ali em seus corações.

Livro:As batidas perdidas do coração
Autora:Bianca Briones
Editora: Verus
Páginas: 406
ISBN-10: 8576863227
Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro. 
Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre.
As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.


Estive lançando olhares furtivos para esse livro há tempos. Durante, inclusive, alguns períodos de provas ano passado. Adiei nosso encontro, mas não desisti. Era para ser, entende? Eu. Ele.
Meses se passaram e com eles o vestibular. Era naquele momento, o meu longo desjejum seria com ele, nada mais, nada menos. E foi.
As Batidas Perdidas do Coração surgiu bem assim na minha vida. O coitadinho teve que suprir as montanhas de expectativas que foram depositadas nele e em grande parte, ele as alcançou.

Provavelmente você já conheceu uma história assim: a mocinha é de uma família rica, já ele veio de um berço simples, um casal que não tem o apoio familiar/ricos-power por X motivos, mas que continuam perdidamente apaixonados. Tinha tudo para se tornar um clichê bem glicogenado, mas o terceiro elemento da história a tornou singular, senhoritas e senhores, nessa história temos a presença constante da Sra. Morte.

Foi graças a Dita-Cuja que Vivi e Rafael se conhecem. Ambos estavam passando por um momento difícil e utilizando como instrumento essa dor eles fizeram uma ponte entre seus mundos.
É curioso o funcionamento de uma ponte, Curiosos. Não sei se você já pensaram sobre. Independente do seu material sólido, há a necessidade de se pensar em tudo que ela pode aguentar, inclusive, a dilatação constante do dia a dia.

Vivi tem uma família incrível, que entretanto sofre desgastes pela perda recente do seu pai. Pense em um Fulaninho com um quê de profeta e filósofo (aka grego com vestido branco), esse é o pai da Viviane. Seu irmão, Rodrigo, é outro que eu estou secretamente apaixonada, ao menos esse está vivo, apesar de interessado em outro alguém. Seu avô (não, não estou de olho nele também) é um empresário estratégico, mas que ainda cultiva um coração grande. Sua mãe... Bem, digamos que ela foi a que não conseguiu se recuperar com a perda.

E então temos Rafael *suspiros, desmaios*. Ai Rafael... Você, que está tão familiarizado com um cemitério quanto eu estou com a livraria aqui da minha cidade.
Posso dedicar um trechinho da música de Pablo do Arrocha para o Rafa? Essa é a minha resenha, quer dizer que eu posso, certo? Aqui vai, querido Rafael, o coração de todo mundo bate, só o seu apanha. 
Brincadeira, o Rafa é aquele barulho confortante depois de um longo silêncio. Ele veio e deixou tudo de pernas pro ar, daquele modo que todo mundo certinho precisa. Sou fã desse homem, até mesmo quando ele apronta e feio.

Entretanto, nem tudo são flores. Há mais que o descontentamento da família nesse livro, como antagonista dessa história temos o próprio Rafael. É tão doloroso acompanhar alguns incidentes nesse livro, dói mesmo. Pense desse jeito: Rafa é Johnny Cash e ele ainda não sabe, mas está a procura de June em sua vida (espero que vocês conheçam esse moço incrível e a história desse casal). Foi graças As Batidas Perdidas do Coração que fui conhecer Sr. Cash.


O livro altera de narrador, em primeira pessoa, nos capítulos. Amo livros que são trabalhados assim, dá a oportunidade de conhecer o ponto de vista dos dois, tanto a Vivi quanto do Rafa. E há esse pequeno mimo de começar o capítulo com um trechinho de música. Sim, os autores me conquistam nos detalhes.

E aqui estou eu, amando esse livro depois de todos os olhares furtivos e espera, eu o amei por abordar despedidas, aprendizagem, dores e pequenos gestos que são amor puro.
 Trecho favorito:
  • Meu pai dizia que, quando descobrimos que estamos apaixonados, o coração fica tão assustado que pula um batimento, como se estivesse se preparando para todas as variações de velocidade que vai ter que enfrentar a partir daí. É o que ele chamava de "batidas perdidas do coração". Segundo ele, o coração nunca recupera o ritmo correto até se encontrar no peito de outra pessoa
  Quem chora mais de três vezes pode pedir música?
You are my sunshine do Johnny Cash (se eu tivesse nascido antes, talvez tivesse uma chance, mas você e June estão cantando lá no céu e isso me alegra). 

Beijos, amores, até as próximas lágrimas. 


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