sábado, 30 de janeiro de 2016

A Garota na Teia de Aranha.

Galera, estou de volta com um comentário breve sobre o livro A garota na teia de aranha, do David Lagercrantz.

Para quem esteve acampado no deserto e não sabe do que se trata, eu explico: A garota na teia de aranha é o quarto livro da Trilogia (que não é mais uma trilogia, eu acho, já que com esse livro temos um total de quatro livros, mas sou de humanas então fica trilogia mesmo) Millennium.

Livro: A garota na Teia de Aranha.
Autor: David Lagercrantz
Editora: Companhia das Letras.
Páginas: 472
ISBN-13: 9788535926101
Sinopse: Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist estão de volta na aguardada e eletrizante continuação da série Millennium. Neste thriller explosivo, a genial hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist precisam juntar forças para enfrentar uma nova e terrível ameaça. É tarde da noite e Blomkvist recebe o telefonema de uma fonte confiável, dizendo que tem informações vitais aos Estados Unidos. A fonte está em contato com uma jovem e brilhante hacker - uma hacker parecida com alguém que Blomkvist conhece. As implicações são assombrosas. Blomkvist, que precisa desesperadamente de um furo para a revista Millennium, pede ajuda a Lisbeth. Ela, como sempre, tem objetivos próprios. Em A garota na teia de aranha, a dupla que já arrebatou mais de 80 milhões de leitores em Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar se encontra de novo neste thriller extraordinário e imensamente atual. David Lagercrantz nasceu na Suécia, em 1962. Jornalista, romancista e biógrafo premiado, Lagercrantz foi escolhido para continuar as aventuras de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist.

“Liz, eu não entendi, o que é a Trilogia Millennium?”
“Meu bem, você precisa entender que a humanidade não chegou até aqui com gente que não procura saber das coisas, ne”

Veja, a Trilogia Millennium, escrita pelo jornalista sueco Stieg Larsson, foi construída com três títulos: Os homens que não amavam as mulheres; A menina que brincava com fogo; e, A rainha do castelo de ar. Os três filmes da versão sueca já estão por aí (e são bem legais), e tem também o primeiro filme da versão hollywoodiana (isso, com o cara que faz 007) que você deve ter visto em cartaz em algum momento da sua vida.


Blá-blá-blá, ok, e aí?

Aí o Stieg Larsson morreu antes de ter a chance de terminar a história. Depois de muito bafafá (http://gq.globo.com/Cultura/noticia/2015/08/millennium-ganha-continuacao-redigida-por-outro-escritor.html) a editora, o pai, o irmão do Stieg e o David se juntaram e tocaram uma continuação. Hoje vou compartilhar com vocês a resenha que eu fiz no skoob sobre esse quarto livro, tá bem?

VAMOS PARA O QUE INTERESSA PELO AMOR DE SANTA JANE AUSTEN, AMÉM? AMÉM:

“Peça desculpas, David
Comecei a ler o livro com várias ressalvas e com minhas desconfianças bem claras. Mas, como alguém que gosta da história, que adora as personagens, lá no fundo, eu queria gostar da “continuação” de David Lagercrantz.

Infelizmente, não deu.

Tenho a impressão de que o autor e a editora tentaram pegar um molde de sucesso e tocar o barco, só que uma obra como a de Stieg Larsson não pode ser resumida em critérios objetivos, existe a essência do trabalho também, uma essência bem refletida em personagens marcantes. Lagercrantz não captou nada (nada!sem exagero, nadinha) disso.

Lisbeth Salander de A garota na teia de aranha não é Lisbeth Salander (e isso é doloroso, peça desculpas, David). Mikael não é Mikael. Nem a Millennium é a Millennium. Os diálogos são fracos, as cenas são incompletas, nem com a maior boa vontade dá para acreditar que aquilo é uma continuação. Ah, David, antes que eu me esqueça: Desça do muro. Os livros da trilogia são ferozes, tem um quê de crítica perturbadora, seu livro parece uma cartilha diplomática (peça desculpas, David).

Fiquei com a sensação de que Eva Gabrielsson, esposa de Stieg Larsson, estava com a razão quando disse que a editora precisava de dinheiro e o autor não tinha nada para escrever, só assim dá para entender como a trilogia Millennium foi desembocar em um quarto e desastroso livro.

Poderia ser um livro mais ou menos, mas é um livro ruim, porque se pretende como continuação de uma série muito bem estruturada.


A leitura vai fazer o coração doer, sinto muito, Stieg Larsson.”

2/5

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